segunda-feira, 11 de julho de 2011

Atendo se você me chamar de clichê

       Uma atitude clichê pode não mudar o mundo, mas pode revolucionar o universo em que você vive. Como propagar essa idéia? Simples. Comece reparando melhor nas atitudes e momentos que você considera clichê. Esses momentos são sempre guiados a um senso comum, fazendo disso, um clichê, ou seja, algo previsível. Mas, como lidar com essa definição que se torna um apelo para trazer o que há de novo à tona? O mundo é clichê. Você é tão clichê quanto um filme de comédia romântica. Entretanto, isso faz de você forte o suficiente para encarar o cotidiano clichê que nos é imposto. Um pensamento. Um desejo. Uma simples confissão. Junte as três e transforme-se. Resultará em algo não mais clichê que seu colega de trabalho anti-social de cabelo ensebado. Adote uma merdalha cabelística. Use um alargador no nariz. Complete o mural de fotos do seu quarto com imagens de sexo explícito. Isso soa clichê pra você? O “ser” normal é clichê. O “ser” diferente é clichê. O que mais existe para compor o mundo anti-clichê criado pelos céticos? Nada. A onda clicheriana que inundava as mentes mais podres agora corrói as mais sóbrias. Essas cabeças carcomidas já produzem atitudes inusitadas a partir de um clichê, fugindo de um senso comum e caindo em outro não tão comum, porém, prazeroso e encorajador. Mas, prazer e coragem não é a essência do que um clichê produz? Caímos no senso comum novamente. É cíclico. Chega ser tolo tentar se esquivar dele.


Homem das Cavernas

Nenhum comentário:

Postar um comentário