terça-feira, 19 de julho de 2011

Until the end

por Luiz Othavio Gimenez Pereira


A partir de cerca de 4.000 páginas, J.K. Rowling se tornou a primeira pessoa, apenas vendendo livros, a chegar a um patrimônio de 1 bilhão de dólares.

      O sonho de uma geração inteira interrompido onde tinha de ser interrompido. Acabou. O fim da jornada de Harry Potter levou a maior legião de fãs da história recente às lágrimas. O último livro da saga já era por si só um ponto final. Entretanto, o prometido final épico das telonas tornou-se ainda mais vivo o sentimento de perda. Um sentimento de solidão. Uma geração insaciável de heróis, que clama por lições de vida e aplaude a vitória do bem contra o mal. Rony, Hermione e Harry tornaram-se exemplos de amizade e coragem para qualquer um. Será por isso que nós nos apegamos tanto a heróis? A verdade é que nossa geração é deficitária de exemplos com virtudes prosperamente jovens. Exemplos estes capazes de passar uma imagem do espírito da juventude, porém, benevolente o suficiente para nos fazer espelhar neles. O desatino de Rony. A segurança de Hermione. A esperteza de Harry. Um trio perfeito de protagonistas capazes de fabricar um frenesi a cada livro lançado, a cada filme estreado. J.K. Rowling é chamada entre os mais devotos de Queen Rowling. O raciocínio é sensato. Ela criou um mundo. Fez dele o transgressor de regras mais fascinante já visto. Essa idéia não poderia ser falha. É essa a essência da juventude. Transgredir regras e infringir as leis, sem deixar de passar a imagem de benevolência. Afinal, éramos apenas crianças acompanhando, passo a passo, cada protagonista dessa franquia. Nós adolescemos com eles. Tornamos-nos adultos com eles. A velhice é triste de ser presenciada. O envelhecer é o que comove. O passar do tempo nos deixa órfão, nos tornam pais e nos desencoraja.


Nenhum comentário:

Postar um comentário