segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Um Clássico Atípico

Poucas provocações; torcida única; jogo ameno; o Cruzeiro venceu, mas isso foi um clássico mesmo?

Por: Paulo Felipe Mangerotti

Ah, para quem, como eu, que começou a se importar verdadeiramente com futebol lá por 1999, viu clássicos eletrizantes, provocações, viradas, estádio lotado, uma cidade parada, ontem, viu um jogo fraco tecnicamente, sem emoções... Onde foi parar aquele futebol?

Como se não bastasse o ridículo que foi a cidade de Belo Horizonte, dona de duas, das mais apaixonadas torcidas do país, ficar sem estádio, os grandes da capital ainda enfrentam um momento horrível em suas histórias. O Cruzeiro, acostumado a disputar Libertadores por anos e anos consecutivos, hoje, habita um local em que NENHUM especialista indicaria antes do campeonato começar. O time joga feio, joga como pequeno, se apequena. O Atlético, que vem fazendo sua torcida sofrer desde 2004. Salvo alguns lampejos de 2007 ou 2009. Nesta temporada, o Galo, sua pior participação histórica no Campeonato Brasileiro...  Cruzeiro e Atlético, o que fizeram com vocês?

Me lembro bem dos dias de clássicos, acordava ansioso(isso, quando dormia, claro). Sábado, dormi como um bebê, não ligava muito para o jogo do dia seguinte. Não vi amigos cruzeirenses provocando os atleticanos, ou o inverso. Vi no máximo no fim do jogo, uma febre de brincadeirinhas virtuais, que não machucam ninguém, na verdade, nem provocam... É futebol moderno, você com seus luxinhos me faz pensar um dia tudo aquilo vai voltar? Torcida abarrotada num estádio que não cabia mais um cisco de cabelo. O empresário da classe A, junto ao pedreiro da classe C e o médico da B se abraçando com um famigerado, que poupou o dinheiro do lanche, pagou sua entrada, e abraçou todos como um só, uma só paixão...

Após essa crise saudosista. Vamos falar do jogo:

O Cruzeiro abriu o placar aos 12 minutos do primeiro tempo. O jogo era igual, ambas equipes apresentavam um futebol ruim. Após o gol cruzeirense, mais certa pressão, até a má substituição de Joel, que se acovardou, e recuou o Cruzeiro, aos 20 minutos, W.Paulista sai para a entrada de Charles. O Atlético melhorou no jogo, mais posse de bola, presença ofensiva porém muita ineficiência.

O segundo tempo começou melhor para os Atleticanos, com duas substituições que a torcida já desejava, Berola e D.Carvalho, nos lugares de Eron e Caio. D.Carvalho fez o papel de Caio no meio campo, Richarlysson foi cobrir a lateral, e Berola foi ajudar o time ofensivamente, novamente, o Galo de muita pressão. Filipi Soutto empata o clássico, um golaço, de um dos poucos que seriam poupados pela massa, aos 12 minutos do segundo tempo, 1x1.

O Atlético continuou a fazer pressão, Naldo salvou um gol que a torcida já tinha pronto para comemorar, mas a ineficiência e inoperância atleticana, acabaram culminando em mais uma derrota. Montillo, que não estava acostumado a brilhar em clássicos, marca novamente, 2x1. Resultado que cruzeirense nenhum parecia esperar mais, o time parecia contente com o resultado, jogou como pequeno, venceu. Mas que isso não mascare o péssimo time que Joel está a dirigir. E que o Galo reaja. Para que possa deixar de nostalgia e possa voltar a viver superclássicos. 

Um comentário:

  1. É isto aí. E apesar do saudosismo, o que queremos é um futebol de qualidade e com arte e amor, isto é paixão e emoção.

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